Evangelho muda rotina nos presídios do Piauí
Estado autoriza mais de 15 instituições religiosas a realizarem trabalhos nas penitenciárias
Os trabalhos religiosos em penitenciários são autorizados pelos
órgãos responsáveis como forma de ressocializar os detentos. É isso que a
Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus) acredita ao autorizar os
trabalhos nas penitenciárias do estado.
Mais de 15 instituições religiosas que foram autorizadas a entrarem e
promoverem cultos, batismos e outros trabalhos com os detentos.
“Todos os dias, a fé resgata pessoas nas prisões. Muitas vezes, a
religiosidade é o primeiro passo para uma mudança mais profunda”, diz o
secretário Daniel Oliveira que é gestor da Coordenação de Assuntos
Religiosos da Sejus.
“Notamos que aqueles que participam das atividades religiosas têm
melhorado, consideravelmente, o comportamento e se interessado mais pelo
trabalho e estudo”.
Não é apenas o gestor que consegue ver a mudança, os próprios
detentos testemunham a mudança de seus companheiros. “Tenho visto Deus
mudar muitos companheiros aqui dentro e é isso que eu quero”, relata
Carlos Jardiel, detento da Penitenciária Regional Irmão Guido, em
Teresina.
A socióloga Socorro Godinho explica ao departamento de comunicação do estado do Piauí que o apoio espiritual muda o comportamento dos detentos.
“Vemos o apoio espiritual como elemento integrador dentro dos
presídios. Há séculos, a fé é objeto de estudo para a ciência e seu
poder transformador é inegável. Não seria diferente em nossas unidades
prisionais”, diz ela que é diretora da Penitenciária Feminina.
A igreja O Brasil para Cristo realizou no mês de outubro o batismo de
32 reeducandos da Penitenciária Irmão Guido. O pastor responsável pelos
trabalhos no local, Wheberson Carlos, afirmou que acredita no poder
transformador do Evangelho de Cristo.
“Acreditamos no poder do evangelho e temos vários testemunhos de como
ele pode mudar a vida das pessoas para melhor. Salvar vidas
compartilhando o evangelho é a nossa missão”, diz o pastor.